Constatação do ódio

Estamos num momento difícil, que envolve os assuntos mais sensíveis da sociedade.

Na parte política, podemos dizer que as pessoas estão sendo absorvidas por um modelo elaborado por pensadores e estrategistas que tendem a permanecer no modo de vida implementado há séculos, cujo nome é capitalismo.

Uma das formas de estacionar o mundo num modo ultrapassado de vida é convencer aos demais membros de que mudanças não são boas e que precisamos conservar aquilo que já existe.

Em meio a tantas falas, a tantos argumentos consistentes de progresso, o argumentador que insiste em permanecer e não mudar vem sendo chamado de extremista da direita. Esse extremista é aquele que não convence pela lógica, pois ela não mais condiz com o momento atual em que vivemos. De maneira que o extremista se torna cheio de ódio, numa volúpia constante de insana pressão, vive se retroalimentando de um ódio que ele mesmo adotou.

Nesse sentimento mórbido cultivado nas redes sociais, o ser odioso adoece dia a dia, e lança seus tentáculos a outros que coadunam do mesmo sentimento destruidor.

Viver nos dias atuais requer inteligência, bom senso e disposição em não aderir à cadeia do ódio que vem vilipendiando o cenário político.

As redes sociais que, atualmente, podemos chamar de “redes raivosas”, impulsionam mais e mais os posts acordados pelo extremismo da direita, sendo que, a pessoa que opta em não postar ódio, sente-se com dificuldades de transitar no meio desses criadores e mantenedores da rede, dos criadores de conteúdos mentirosos e das pessoas odiosas que replicam com argumentos do mesmo teor.

A ciência da tecnologia avançou, carece que o comportamento, a moral e a ética avancem ao patamar de um mundo novo, reduzindo esse distanciamento entre as partes.

Hairon H. de Freitas

A Luta de Classes

Uma das maiores dificuldades que percebo em um governo que, verdadeiramente, preocupa-se com o social e em fazer política pública, para tentar melhorar a justiça social no país, é a falta da comunicação com a base da pirâmide (maioria do povo).

Os ricos são donos das redes sociais (google, facebook, instagram, twitter e outras), os ricos são os detentores da mídia (jornais, tv´s e rádios) e, assim, acabam tendo controle do Congresso Nacional que prioriza suas pautas em detrimento dos projetos que buscam corrigir a injustiça social.

As redes sociais foram pensadas e construídas para defender os ricos que comandam o mundo político e financeiro.

A base da pirâmide não entende como funcionam as ferramentas utilizadas nas redes sociais que direcionam até mesmo pessoas mais informadas rumo aos seus argumentos em defesa dos ricos. Assim também acontece nos rádios, jornais e tv´s que deixam reportagens pela metade que induzem o pensamento de quem está assistindo para defenderem os ricos.

Neste nosso mundão, não existe nada de inocente em nenhum destes canais. Qualquer postagem e reportagem tem algo por trás para induzir e direcionar um argumento que justifique e defenda um rico.

Hoje mesmo, vi no ICL Notícias uma matéria sobre a reunião dos ricos na casa de João Dória, com Henrique Meireles e outros 46 empresários ricos que fazem de tudo para continuarem ricos. Fico imaginando a seguinte cena: eles reunidos para continuarem a sugar os pobres e os pobres trabalhando e assistindo a si mesmos sendo roubados cotidianamente, e ainda aplaudindo os ricos.

Se o pobre pensasse bem, não votaria em um rico que pode até prometer fazer algo, mas, em relação a justiça social, ele jamais irá se bancar.

A meu ver, no planeta não deveria existir bilionários, pois esses são frutos desse sistema desigual e falido chamado de capitalismo. Que o governo procure ao menos acabar com um pouco da injustiça social, cobrando tributos na mesma proporção para pobres e ricos.

Hairon H. de Freitas