Refletindo sobre a atualidade.

Não sou historiador, mas, em meu pensamento, é como se passasse um filme que tivesse sido produzido no Brasil, nos últimos quatro anos.

Fico abismado ao perceber tantos seres sintonizados fanaticamente em uma só pessoa que delas consegue tragar as melhores energias, substituindo-as por: raiva, desprezo e ódio.

Parece ser uma espécie de fascinação ditada por uma mente e endossada por outras mentes, as quais acabam por contaminar todos que por elas são tocados.

Foram 4 anos de terrorismo diário, disseminado, pelo então chefe de estado brasileiro, para todos os continentes. Democratas não vislumbram golpes à democracia, em qualquer que seja o país, além do que, é sabido que todo golpe promove subjugação, principalmente dos mais pobres. Era um dia após o outro e ficávamos esperando a nova bravata que surgiria, a nova fake news que seria carreada pelo gabinete do ódio.

Foram dias de indignação e terror, já que a intenção do chefe de estado era desmoralizar o Supremo Tribunal Federal, ente responsável, constitucionalmente, pela guarda da Constituição Federal, preparando o caminho para que ele vestisse a roupa de ditador.

Felizmente, um corajoso ministro se fez presente, valendo de seus conhecimentos e de sua disposição para encarar toda a turba enlouquecida que brotava da destruição da moral e cívica tão incompreendida pelo povo.

Promoveram, a mando do escritório do ódio, o crescimento do fanatismo e da cegueira religiosa, o materialismo, a inversão de valores e o desencontro de muitas famílias.

Como pode acontecer de irmão ficar contra irmão, pai contra filha ou filho, simplesmente por uma doutrina maluca que só teve como intenção um golpe de poder em nosso país?

Não consigo encontrar explicação a não ser no apocalipse, na psicologia de Freud ou nas historias das mil e uma noites. Só sei que, em 8 de janeiro de 2023, a loucura tomou forma nos atos insanos de pessoas controladas e raivosas, que se puseram a destruir toda a representação popular construída ao longo de décadas, e a custo de muita determinação e esforço, por pessoas que sofreram na pele ao acreditarem num país democrático e livre.

Foram dias difíceis os da ditadura. Agora, assistimos ao retorno de desavisados que querem resolver qualquer dificuldade utilizando o ódio como ferramenta principal. Já conhecemos que, somente o diálogo, com respeito ao outro e às leis, pode ter êxito na promoção do entendimento entre as partes. Fora disso, é o que assistimos entre Rússia e Ucrânia, a triste destruição de um país e a separação dos povos e das famílias.

Não queiramos chegar a esse ponto, pois nesse momento as pessoas não se reconhecerão como parte do mesmo país. Serão pessoas que encontrarão nas cores os seus inimigos naturais.

Ainda não estamos livres desses políticos e pessoas promotoras do ódio, ou das inversões de valores, mas a democracia cresceu com a maioria, e as instituições que tutelam o regime penal também cresceram com o entendimento de suas tarefas junto ao povo brasileiro.

Fiquemos atentos à proteção de nossa Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.

Hairon H. Freitas

15/01/2023

Muita estranheza.

Vivemos momentos que se mostram estranhos e, até certo ponto, desmoronadores de éticas e moralidades que não se firmaram ao longo do tempo.

 O errado parece certo e o negacionismo invadiu lares, forçando conceitos e situações inaceitáveis, pronunciadas por pessoas irracionais, mas aceitas por outras totalmente dominadas pelo medo, pela incerteza da fé e totalmente fragilizadas em razão de uma crença fundamentada por especuladores e aproveitadores.

A ignorância bate forte e presente em uma população perdida e iludida.

Não é de fácil mudança esse quadro desolador, já que a maioria se põe de olhos fechados nas garras desses corruptores.

O mundo está tendo transformada a sua consciência social. Eventos retrógrados põem à prova o caráter dos que ainda acreditam nas ações bem estabelecidas pelos pensadores e pelos grandes mestres.

São dias desafiadores.

Hairon H. de Freitas

Retrato de mãe

Hoje apresentamos o lindíssimo poema de Maria Dolores que nos põe a refletir na infinita bondade de nosso Pai.
Deus que nos permite subtrair a culpa de nosso coração, por maior que seja; Deus que nos mostra o caminho da redenção e da corrigenda de nossos erros, que sempre cometemos em nossa vida; Deus que nos permite crescer no amor com o mais profundo autoperdão.
Deixemos invadir o nosso coração com a sensibilidade do Mestre do amor infinito, Nosso Senhor Jesus Cristo.



RETRATO DE MÃE – Maria Dolores / Chico Xavier, do livro “Momentos de Ouro”

Depois de muito tempo,

sobre os quadros sombrios do calvário.

Judas, cego no além, errava solitário…

Era triste a paisagem, o céu era nevoento…

Cansado de remorso e sofrimento,

Sentara-se a chorar…

Nisso, nobre mulher de planos superiores,

Nimbada de celestes esplendores,

Que ele não conseguia divisar,

Chega e afaga a cabeça do infeliz.

Em seguida, num tom de carinho profundo,

Quase que em oração ela diz:

– Meu filho, porque choras?

Acaso não sabeis? – replica o interpelado,

Claramente agressivo.

Sou um morto e estou vivo.

Matei-me e novamente estou de pé,

Sem consolo, sem lar, sem amor e sem fé…

Não ouvistes falar em Judas, o traidor?

Sou eu que aniquilei a vida do Senhor…

A princípio, julguei poder fazê-lo rei,

Mas apenas lhe impus, sacrifício, martírio, sangue e cruz.

E em flagelo e aflição

Eis que a minha vida agora se reduz…

Afastai-vos de mim,

Deixai-me padecer neste inferno sem fim…

Nada me pergunteis, retirai-vos senhora,

Nada sabeis da mágoa que me agita…

O assunto que lastimo é unicamente meu…

No entanto a dama calma respondeu:

– Meu filho, sei que choras, sei que lutas,

Sei a dor que causa o remorso que escutas…

Venho apenas falar-te

Que Deus é sempre amor em toda parte…

E acrescentou serena:

– A bondade de Deus jamais condena:

Venho por mãe a ti, buscando um filho amado.

Sofre com paciência a dor e a prova.

Terás em breve, uma existência nova…

Não te sintas sozinho ou desprezado!

Judas interrompeu-a e bradou, rude e pasmo:

– Mãe? Não venhais aqui com mentira e sarcasmo.

Depois de me enforcar num galho de figueira,

Para acordar na dor,

Sem mais poder fugir à vida verdadeira.

Fui procurar consolo e força de viver.

Ao pé da pobre mãe que forjara o ser !..

Ela me viu chorando e escutou meus lamentos.

Mas teve medo dos meus sofrimentos.

Expulsou-me a esconjuros,

Chamou-me monstro, por sinal

Disse que eu era

Unicamente o espírito do mal,

Intimidou-me a terrível retrocesso,

Mandando que apressasse o meu regresso

Para a zona infernal de onde eu vinha…

Ah ! Detesto lembrar a horrível mãe que eu tinha…

Não me faleis de mães, não me faleis de amor,

Sou apenas um monstro sofredor…

Inda assim – disse a dama docemente:

– Por mais recuses, não me altero,

Amo-te filho meu, amo-te e quero

Ver-te de novo a vida

Maravilhosamente revestida

De paz e luz, de fé e elevação…

Virás comigo à terra,

Perderás pouco a pouco, o ânimo violento,

Terás o coração

Nas águas de bendito esquecimento.

Numa existência de esperança,

Levar-te-ei comigo

A remansoso abrigo.

Dar-te-ei outra mãe ! Pensa e descansa !…

E Judas neste instante.

Como quem olvidasse a própria dor gigante,

Ou como quem se desgarra

De pesadelo atroz,

Perguntou: – quem sois vós?

Que me falais assim, sabendo-me traidor?

Sois divina mulher, irradiando amor,

Ou anjo celestial de quem pressinto a luz?

No entanto ela a fitá-lo frente a frente,

Respondeu simplesmente:

– Meu filho, eu sou a mãe de Jesus!!!

 

Do livro “Momentos de Ouro”

Maria Dolores (Espírito)

Francisco C. Xavier (psicografia)

Caminhando Rumo ao Autoamor.

Você certamente pode conhecer o amor por si mesmo, certamente você pode se descobrir se amando e se valorizando como uma alma única, criada especificamente para o amor.

O amor é um sentimento tão nobre, que podemos amar e ter amado sempre, desde o início da nossa criação, no entanto, não reconhecermos que fazemos parte do amor e não entendermos que o amor pede um compromisso conosco mesmo é o que mais acontece, principalmente frente a uma ignorância gigantesca que nos cerca diariamente.

Na busca pelo amor não entendemos o quanto podemos nos afastar deste sentimento especialíssimo, causando dor ao outro.

Podemos ferir e machucar pessoas de forma tão profunda, que às vezes fica difícil a reparação numa só vida e precisamos de mais de uma vida para acertarmos o desvio tão prejudicial, devido ao mal que ora causamos.

As grandes almas nos inspiram e nos ajudam muito no entendimento do caminho a ser seguido. Chico Xavier dizia: “fico triste quando alguém me ofende, mas, com certeza, eu ficaria mais triste se fosse eu o ofensor… Magoar alguém é terrível!”

Com frases sublimes como essa ampliam os nossos sentimentos rumo à nobreza, aprimoramento do caráter e da espiritualidade.

No entanto, as energias participam ativamente no amor e na mágoa.

Em conversas sobre mágoa, podemos recorrer a diversos exemplos narrados ao longo da história humana. A nenhum deles podemos criticar, pois este sentimento é abarcado pela vítima que escreve um pacto, um selo e um contrato de estar sempre enviando energias deletérias rumo ao agressor.

Neste momento é importante que percebamos o grau de influenciação que estamos nos permitindo. Tomamos haustos e nos embriagamos com a face do momento sem percebermos as horas, os dias e até os séculos em que estacionamos com este pacto escrito em nosso coração, na parte mais nobre de nosso ser, que deveria sorver somente amor e paz.

Ninguém foi mais machucado que Jesus, no entanto Ele nos pediu para nos amarmos, pois só este sentimento nos libertaria de toda maldade humana, só esse sentimento poderia proporcionar a nossa evolução rumo ao infinito.

Os nossos anjos, guias e mentores nos enviam boas vibrações diariamente e ficam demasiadamente tristes quando, em nossos arroubos, comprometemos a nossa estadia neste planeta.

Nada vale a pena programarmos neste planeta que não seja escrito com amor, tudo se torna imensamente pequeno quando entendemos o verdadeiro propósito de estarmos aqui neste momento. Não vale a pena deixarmos a nossa paz no canto e valorizarmos o orgulho como bandeira de réplica.

Paulo de Tarso, à véspera de ser decapitado, orava fervorosamente em sua cela. Um soldado romano, querendo ser debochado, disse a Paulo: “amanhã sua cabeça vai estar separada do corpo. Porque você ora, porque você canta louvores enaltecendo este Jesus? O que você pode fazer agora? O que você planeja fazer? Amanhã você estará morto!” Como Paulo era o reflexo do amor, ele respondeu compassivamente: “eu caminho para o alto.”

Hairon H. de Freitas

26/1/22

Homem cultiva jardim na garrafa que não recebe água desde 1972

Basicamente, o jardim na garrafa, por estar lacrado, conta com uma espécie própria de ecossistema e se mantém de forma autônoma.

Em 1960, o inglês David Latimer decidiu tentar criar um pequeno jardim dentro de um garrafão de vidro. Desde então, o seu jardim na garrafa, ou jardim portátil, segue verde e intensamente vivo, mesmo lacrado. Mas, o detalhe que espanta é: a última vez que Latimer molhou o a planta foi em 1972.

Foi em um domingo de páscoa de 1960 que o inglês colocou um composto de terra dentro do garrafão e plantou uma muda de Tradescantia. Basicamente, o que ele queria era encontrar utilidade para a bela garrafa, e decidiu fazer o experimento.

De forma geral, depois de 57 anos, seu jardim na garrafa segue saudável e autossuficiente. Aliás, o jardim ainda segue crescendo sozinho.

Como funciona o jardim na garrafa?

A umidade gerada pelas próprias plantas dentro da garrafa age como uma espécie de “chuva”. Por causa disso, as bactérias presentes no solo degradam as folhas que caem, liberando o gás carbônico e produzindo os nutrientes necessários. Dessa forma, o ciclo está completo.

Portanto, a garrafa funciona como uma versão micro do que acontece em todo o planeta. A diferença, contudo, é que não existe interferência humana.

Isso nos leva a seguinte reflexão: se o ser humano não interferir, a natureza simplesmente prospera com toda sua força, mesmo nos lugares mais inóspitos, pelo tempo que for.

Nos 12 primeiros anos a única coisa que entrava dentro da garrafa era luz solar, ingrediente fundamental para as plantas realizarem a fotossíntese. Em 1972, Latimer decidiu abrir a garrafa pela primeira vez, para acrescentar mais água ao pequeno ecossistema que se formava.

Matéria: Conhecimento Científico.

https://conhecimentocientifico.com/homem-cultiva-jardim-em-garrafa-que-nao-recebe-agua-desde-1972/

Minha Posse na Academia de Letras e Artes de Cabo Frio – ALACAF

Estou muito feliz por sido empossado na Academia de Letras e Artes de Cabo Frio – ALACAF, no sábado dia 13 de novembro de 2021.

Na ocasião, aconteceu o lançamento da antologia “ALACAF celebra Cabo Frio II”, da qual participo com o meu poema “Capela Nossa Senhora da Guia”.

Espero sempre contribuir com essa honrada academia!

Parabenizo a ALACAF pelo seu aniversário de quatro anos e aproveito para parabenizar Cabo Frio, pelos seus 406 anos que aconteceu na mesma data.

Fiquei muito feliz também por ter sido recebido na academia por minha esposa Luciana Rugani.

Hairon H. de Freitas

Coragem para ser Feliz!

Se algum dia iremos chorar, é importante que tenhamos sorrido muito e que tenhamos sido muito alegres.

Não nos sentimos felizes porque temos medo. Acreditamos que não vale a pena sorrir, pois um dia vamos chorar.

No mundo precisamos de coragem para viver, sorrir e ser feliz.

Jamais podemos deixar o medo nos dominar, pois o que nos faz crescer, e crescer bem, é ser feliz no presente, transmitindo um rosto alegre a quem nos vê. Isso é Amor, transmitir o bem para quem chora e para quem não consegue ter paz no coração.

Então, ser feliz é fazer o bem e transmitir esperança e conforto para o mundo.

Em algum momento, estaremos tristes e até desanimados, pois isso faz parte da energia do planeta, onde a maior parte das pessoas ainda vibra nessa faixa de sentimento. Mas, se quisermos fazer a diferença para nós mesmos, alcemos voo rumo ao equilíbrio que Deus deposita em nós.

Coragem, trabalhemos pela a felicidade!

Hairon H. de Freitas

20/5/2021