O Crente e o Ateu

festa+no+céu

 

 

No ventre de uma mulher grávida estavam dois bebês.

O primeiro pergunta ao outro:

– Você acredita na vida após o nascimento?

– Certamente. Algo tem de haver após o nascimento. Talvez estejamos aqui principalmente porque nós precisamos nos preparar para o que seremos mais tarde.

– Bobagem, não há vida após o nascimento. Como verdadeiramente seria essa vida?

– Eu não sei exatamente, mas certamente haverá mais luz do que aqui. Talvez caminhemos com nossos próprios pés e comeremos com a boca.

– Isso é um absurdo! Caminhar é impossível. E comer com a boca? É totalmente ridículo! O cordão umbilical nos alimenta. Eu digo somente uma coisa: A vida após o nascimento está excluída – o cordão umbilical é muito curto.

– Na verdade, certamente há algo. Talvez seja apenas um pouco diferente do que estamos habituados a ter aqui.

– Mas ninguém nunca voltou de lá, depois do nascimento. O parto apenas encerra a vida. E, afinal de contas, a vida é nada mais do que a angústia prolongada na escuridão.

– Bem, eu não sei exatamente como será depois do nascimento, mas com certeza veremos a mamãe e ela cuidará de nós.

– Mamãe? Você acredita na mamãe? E onde ela supostamente está?

– Onde? Em tudo à nossa volta! Nela e através dela nós vivemos. Sem ela tudo isso não existiria.

– Eu não acredito! Eu nunca vi nenhuma mamãe, por isso é claro que não existe nenhuma.

– Bem, mas, às vezes, quando estamos em silêncio, você pode ouvi-la cantando ou sente como ela afaga nosso mundo. Saiba, eu penso que só então a vida real nos espera e agora apenas estamos nos preparando para ela…

 Agora, responda:

“O que é a vida e o que é a morte?”

Comentário: Elizabeth Marge

Segue abaixo o comentário de Elizabeth Marge, uma pessoa lúcida que preza por uma humanidade mais humana:

Obrigada amigos pelo carinho e quero ressaltar que também acredito que as dificuldades nos levam a melhorarmos como pessoas e a evoluir espiritualmente quando dividimos nosso aprendizado com outras pessoas. No mundo estamos para trocar idéias e ideais positivos para todos e assim cada um tende a ganhar, fazendo cada um, um pouco, este pouco vira muito e a mudança se dá. A Embaixadores prima por trazer para a Sapucaí a alegria de muitos companheiros que se sentem contribuindo socialmente com seu corpo, por vezes deficiente, mas lúdico na pretensão de um mundo mais humano, menos preconceituoso e mais inclusivo…

Vamos este ano homenagear todas as mães, principalmente as mães especiais, guerreiras na luta contra preconceitos, contra a falta de mobilidade, contra a falta de oportunidades, pela inversão qdo dizem que seus filhos são deficientes.. Não, não são eles ou eu que sou deficiente é a cidade, é a mente fechada para o potencial diferenciado, dentro da limitação de cada um que nos rotula como deficientes, por estarem ainda no passado pensando e nos mantendo reféns de que se diz “normal” … Normal? Quem é normal? Quem é igual? Somos todos diferentes e cada um tem sua limitação, mas ainda não entendem assim.
Na avenida, deixamos a nossa alegria, a alegria que temos em participar, da forma que for e devemos esta oportunidade aos amigos Caio Leitão e Paul Davies, um inglês de coração brasileiro, que aqui vive e deixa seu legado aos que “eram esquecidos”… Estamos mudando, conhecendo nossas obrigações e cobrando nossos direitos e TEMOS o DIREITO DE SERMOS FELIZES E É ISSO QUE MOSTRAMOS NA AVENIDA, MOSTRAMOS QUE PODEMOS…

CARPE DIEM: EMBAIXADORES DA ALEGRIA: CARNAVAL COMO FERRAMENTA DE INCLUSÃO

Eu entendo a evolução da raça humana através dos feitos destas pessoas que tiram proveito de uma dificuldade, como o inglês Paul Davies criador da escola.
Entendo também, que o ser humano só poderá ser cada vez melhor, através dos feitos que beneficiem o próximo.

Hairon H. de Freitas.

Deu no blog http://www.carpediemluciana.com/2013/02/embaixadores-da-alegria-carnaval-como.html

Veja o texto abaixo de Luciana G. Rugani:

Estamos na semana que antecede o carnaval, por isso hoje eu gostaria de aproveitar para falar um pouco pra vocês sobre um lindo trabalho realizado com deficientes na cidade do Rio de Janeiro, e que tem o carnaval como instrumento.
Trata-se da “Embaixadores da Alegria”, uma organização social, fundada em 2006, que visa promover a inclusão social e emocional dos deficientes através do carnaval. O inglês Paul Davies (hoje presidente de honra da escola), amante do samba e da cultura carioca, teve uma grave crise na coluna que o impossibilitou de desfilar. A partir deste seu sofrimento momentâneo, colocou-se no lugar daqueles que perpetuamente se encontravam impossibilitados de curtir o carnaval e surgiu a ideia de fazer uma escola de samba para pessoas com qualquer tipo de deficiência. Uniu-se, então, ao empreendedorismo de Caio Leitão (atual presidente da escola) e estava pronta a fórmula de sucesso de um maravilhoso trabalho social.A “Embaixadores” é uma escola de samba composta por deficientes e que todos os anos abre o desfile das campeãs no carnaval do Rio. Mas seu trabalho adquiriu maior amplitude, indo muito mais além das atribuições de uma escola de samba. Suas ações se dão em duas frentes: cultural e social.
No âmbito cultural, através da escola de samba e das oficinas profissionalizantes de carnaval, com atividades teóricas e práticas relacionadas ao assunto, há a preocupação de capacitar seus alunos e abrir-lhes possibilidades de emprego. Há também a promoção de eventos e encontros variados durante o ano, inclusive eventos internacionais. No âmbito social, busca-se a inclusão emocional e social dos alunos, inclusive com um núcleo de atendimento especializado para seus amigos e familiares. São prestados também serviços de acompanhamento psicológico, consultoria jurídica e palestras motivacionais aos participantes do projeto.
Neste ano, o enredo da escola será “Mãe da Alegria”, em homenagem a todas as mães, especiais ou não. A imagem ao lado é a foto da camisa que será usada no desfile, e nela encontramos pequenas fotos de todas as mães participantes. Entre elas, encontra-se a foliona Elizabeth Marge, animadíssima e incansável batalhadora pela causa da acessibilidade na capital. Beth, a carioca mais cabo-friense que conheço, e, assim como eu, uma cabo-friense de coração, também contribuiu bastante para que, anos atrás, a ideia da acessibilidade germinasse e ganhasse força na cidade de Cabo Frio, no interior do estado do Rio. Hoje o assunto faz parte da agenda de políticas públicas da cidade.
Vale assistir ao vídeo abaixo para conhecer um pouco mais sobre este maravilhoso trabalho de cidadania que busca, antes de tudo, promover a alegria e a autoestima dos deficientes. É, sem dúvida nenhuma, uma ideia que merece ser  bastante divulgada e que seria muito interessante se dela fossem geradas iniciativas semelhantes por este Brasil afora.
Luciana G. Rugani

CARPE DIEM: EMBAIXADORES DA ALEGRIA: CARNAVAL COMO FERRAMENTA DE INCLUSÃO.