
Fim de ano!



De repente tudo vai ficando tão simples que assusta. A gente vai perdendo algumas necessidades, antes fundamentais e que hoje chegam a ser insignificantes. Vai reduzindo a bagagem e deixando na mala apenas as cenas e pessoas que valem a pena. As opiniões dos outros são unicamente dos outros, e mesmo que sejam sobre nós, não têm a mínima importância.
Vamos abrindo mão das certezas, pois com o tempo já não temos mais certeza de nada. E de repente isso não faz a menor falta. Paramos de julgar, pois já não existe certo ou errado, mas sim a vida que cada um escolheu experimentar.
Por fim entendemos que tudo que importa é ter paz e sossego. É viver sem medo, e simplesmente fazer algo que alegra o coração naquele momento. É ter fé. E só.

Volto à minha infância quando sinto o cheirinho do café sendo coado.
Na memória, lembro aquele pano branco que escureceu com o tempo e, o cheiro que invadia todo o meu ser.
Quando criança, não imaginava que estava registrando algo tão bom! Aquele convívio com minha avó me fez querer aprender a fazer aquele cafezinho, que era tão gostoso.
Na casa da vovó, havia a chamada “despensa”, um cômodo separado onde eram guardados os alimentos, as panelas, os moedores de carne e de café, também os grãos de café já torrados.
Eu, criança, interessei-me em aprender aquela magia de passar o café.
Minha avó prendia o moedor de café na bancada de madeira, regulava a pressão, pois eu não tinha forças para tocar habilmente a manivela.
Fingia por um tempo estar passando o café, e o incrível era que minha avó, apesar de sua pouca paciência me ensinava carinhosamente como passar o café.
Foram momentos inesquecíveis que vivi e dos quais nunca esquecerei.
Hoje ainda lembro do café com broa de fubá. Tendo-os à mesa não os dispenso por nada.
Essa memória estará registrada para sempre em meu coração.
Hairon H. de Freitas

Parece Santo
Que o acaso espanta
Acatou a regra
Alimentando a todos
Em momentos oportunos
Me cubro de alegria
Se saio ao encontro
Do mar que me encanta
Ele mede instantes
O calor que estima
Se é bravo conosco
Corro ao encontro do desvio
Deveras acortinado
Feito em hastes de aço
Me facilitando a vida
Grandioso que és
Charmoso com muitos encantos
Agradeço pela manhã
E pela tarde
Sua grandiosa existência
Contudo ainda parece
Um Santo
Com sua brilhosa aureola
A todos iluminando
Hairon H. de Freitas

De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
Vinícius de Moraes

A tarde bravia
Enche-me de bons momentos
Aturdido estou
Encontrando-me com a dor
Dor que devora minh’alma
Que destroi aos poucos quem sou
De um momento a outro
Sinto-me transformado
Liberto da cela
Quando a luz de uma simples lanterna
Invade meu ser com o saber
Que me aborda
E arrebata a ignorância
Hairon H. de Freitas

Admirado é pouco
Assistindo na tv
O congresso a defender
Um psicopata assassino
Eu não entendo
Mas como pode
Às claras da população
Deputados defendendo de montão
Quem contratou mais um bandido
Para dar fim a uma mulher
Que defendia com afinco
O povo pobre da região
Olha só que sensação
Eu não entendo
Falando na Tv
Todos conhecendo o porquê
Aprovando a liberdade
De quem matou com crueldade
O futuro de uma mulher
De uma família
Dos amigos
E de brasileiros que acreditavam
Com certeza
Em sua fala destemida
Corajosa
Eu não entendo
Como pode uma nação
Aceitar os que defendem
A morte e o matador
Que não acreditam em outra dor
Além da sua percepção
Eu não entendo
Muitos brasileiros
Conhecendo o assassino
Ainda o defendem
Assistindo aos congressistas
Ainda os defendem
Finalmente
Eu não entendo
Hairon H. de Freitas
A Sky Culture Magazine, revista eletrônica hospedada em página do Facebook, que faz publicação diária, reunido diferentes textos (em português, francês, inglês, espanhol e árabe) desde críticas literárias à poesias, lança em evento virtual neste próximo sábado, 6 de abril, às 19:30, com transmissão ao vivo pelo YouTube do Julimar Silva (Neste link: https://youtube.com/live/q7sFboZ8r30?feature=share sua primeira Antologia Poética – Sky Culture Magazine.
O Projeto literário multilíngue (português, inglês, espanhol e árabe) reúne poetas de vários estados do Brasil e até mesmo do exterior. A Antologia Poética – Sky Culture Magazine, em versão e-book, é uma idealização e organização do escritor, ativista cultural e professor caxiense, Gilvaldo Quinzeiro.
Participam poetas dos seguintes estados do Brasil: Paraíba, Tarciso Martins, Mirtzi Lima Ribeiro, Saulo Mendonça, Diana Limeira; Maranhão, Xavier Costa, Edinaldo Reis, Ribamar Rodrigues, Alberto Pessoa; Rio de Janeiro, Luciana Gonçalves, Hairon H. de Freitas; São Paulo, Dante Gatto; Piauí, Carlos G. Vilarinho.
Participam também poetas convidados de outros países, a exemplo de Chokri Omri e Hadil Fethi Abidi, Tunísia e Mariena Padilla, México.
Cada autor participa, com uma breve biografia, com 4 poemas e uma foto. No total, são 15 participantes, 120 páginas. O prefácio é de Gilvaldo Quinzeiro.
O livro já com ficha catalográfica, é um projeto gráfico de Marina Marino, editora da Revista Voo Livre, onde o livro ficará disponível após o seu lançamento.
Segundo Gilvaldo Quinzeiro, o objetivo do projeto é aproximar as pessoas através da literatura, não obstante suas diferenças regionais, culturais e linguísticas.
A programação de lançamento, ocorrerá no “Baralharte”, um bate-papo virtual, também idealizado e ancorado por Gilvaldo Quinzeiro, que reúne aos sábados à noite, filósofos, escritores, jornalistas, estudantes de várias partes do Brasil, que contará na edição do dia 6 de abril com a participação dos autores da Antologia Poética – Sky Culture Magazine.

Tenho tanto sentimento
Que é frequente persuadir-me
De que sou sentimental,
Mas reconheço, ao medir-me,
Que tudo isso é pensamento,
Temos, todos que vivemos,
Uma vida que é vivida
E outra vida que é pensada,
E a única vida que temos
É essa que é dividida
Entre a verdadeira e a errada.
Qual porém é verdadeira
E qual errada, ninguém
Nos saberá explicar;
E vivemos de maneira
Que a vida que a gente tem
É a que tem que pensar.
Fernando Pessoa
Enquanto assistia ao filme “Click” com o ator comediante Adam Sandler, uma cena de seu personagem em contato com seu pai mostrou o tamanho da indiferença de um filho que só preocupava em ganhar dinheiro e se mostrava totalmente desligado da familia. Não tem como não se emocionar diante de tamanha indiferença!
Foi nesse instante que comecei a escrever esse poema que sacudiu meu emocional
“A dor da Indiferença”

Um lugar pra escrever o que sinto antes que eu desista, pra guardar o que penso antes que esqueça. Fragmentos meus, talvez teus também.
ESTEVAM MATIAZZI
A inclusão como ferramenta de transformação social
French magazine - art & visual culture
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Compartilhar idéias e aproximação do melhor, o ser humano que se descobre.
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