Quase nunca ouvimos Jesus.

O seu ensinamento nos diz para esquecermos a lei de talião e voltarmos o nosso pensamento e a nossa total atenção para a lei do amor.

Quando em Mateus 5:43-48 Jesus diz:

“Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo, e odiarás o teu inimigo.
Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus;
Porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos.
Pois, se amardes os que vos amam, que galardão tereis? Não fazem os publicanos também o mesmo?
E, se saudardes unicamente os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem os publicanos também assim?
Sede vós pois perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus.”

Infelizmente ainda temos Jesus bem longe de nossos pensamentos, pois quando somos agredidos ou insultados, nunca ou quase nunca nos lembramos de agir como ele nos recomendou. Geralmente temos Jesus em nosso imaginário, atuando como uma lenda, como um ser que existiu no planeta ou foi criado pelos sacerdotes para nos trazer ensinamentos utópicos para nosso mundo tão sofrido, carregado por uma sociedade desigual e violenta.

Entendemos claramente o que está escrito no texto acima, mas ainda não estamos dispostos a esquecer da ira que nos impulsiona para o revide que foi adotado por Moises aproximadamente a 3500 anos.

Naquele tempo a lei da reciprocidade do crime e da pena lei foi necessária, pois a sociedade ainda muito imatura, eliminaria um assassino e toda sua prole pelo crime cometido. Essa atitude absurda, era o extremo da selvageria e do barbarismo, mas ao longo dos milênios tornou se um hábito odiar a quem nos odeia, e a, nem sempre amar quem nos ama.

Assim a sociedade terrena foi evoluindo e naturalmente habituou-se a viver dentro desta condição, até que uma Luz desceu dos Céus dizendo que era tempo de mudar.

Desta forma Jesus nos revelou uma lei que contradiz a Lei Mosaica, quando ele afirma: Eu, porém, vos digo: “Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus;”
No Livro dos Espíritos codificado por Alan Kardec, a questão 271 aborda sobre a evolução: “O Espírito só gradativamente avança. Não lhe é dado transpor de um salto a distância que da civilização separa a barbárie e é esta uma das razões que nos mostram ser necessária a reencarnação, que verdadeiramente corresponde à Justiça de Deus.”

Deus conhece a nossa limitação, sabia que quando enviara Jesus ao planeta que a evolução não daria um salto de uma hora para outra, mas que levaria alguns milênios para que entendêssemos a lei do amor.

A lei do amor, à qual Jesus se referiu, é muito complexa, já que nem sempre compreendemos sua lógica. Como entender o pedido de orar pelos nossos inimigos, como falar bem de quem expõe nossas falhas e de nossa família, enfim, como amar os nossos inimigos? Isso soa quase impossível, basicamente é inacreditável que exista uma pessoa que aja dessa maneira num mundo tão excludente.

Mas, na verdade, estamos vivendo num momento especial, em que somos convidados a agir conforme Jesus nos recomendou.

É fácil? Não, não é, mas é o único caminho que elimina o sofrimento atroz, é o único meio de vivermos bem a Nova Era.

Não nos importa neste momento tanta ciência em nossa mente, livros que lemos, graduações e títulos, se o nosso modo de agir não condiz com a simplicidade e a humildade dos discípulos verdadeiros do bem. O momento atual é o de oportunidade de esquecermos a Lei de Talião de uma vez por todas e de nos apoiarmos nas questões trazidas por Cristo.

Não nos esqueçamos de sempre indagar como Jesus agiria em questões difíceis e complicadas pelas quais passamos. Estejamos dispostos a buscar por respostas, pois elas virão até nós de alguma forma, por um livro, por uma mensagem, por uma pessoa, ou pela intuição. Assim Deus fala conosco, basta que prestemos atenção.

Hairon H. de Freitas

1/5/2021

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