Enquanto assistia ao filme “Click” com o ator comediante Adam Sandler, uma cena de seu personagem em contato com seu pai mostrou o tamanho da indiferença de um filho que só preocupava em ganhar dinheiro e se mostrava totalmente desligado da familia. Não tem como não se emocionar diante de tamanha indiferença!Foi nesse instante que comecei a escrever esse poema que sacudiu meu emocional“A dor da Indiferença”
Vivemos dias difíceis, mas esses dias existem desde quando o homem é homem e aqui chegou. Não há mudança em um mundo onde a moral e a ética são jogadas pra baixo do tapete; não existe paz de consciência quando um homem provoca a derrocada de um outro; e não existe ambiente propício ante pessoas de má índole e sem princípios básicos estruturados conforme as orientações dos grandes mestres e filósofos.
Quando chegava o Natal, em nossos anos de maior inocência, apreciávamos a proximidade com a esperança e a alegria de uma criança. Com a maturidade, passamos a compreender que esse convite se espira rapidamente, com a velocidade da cavalgadura armamentista pelo mundo.
Por não termos perdido toda a esperança é que precisamos alimentar e fortificar os conceitos dos que insistem em criar um mundo melhor e mais cheio de paz.
Em nossa infância, queríamos um momento natalino cheio de presentes dentro de nossa família. Hoje sabemos que não é só um natal familiar que vai alterar a paisagem de uma cidade, de um país ou do mundo. Sentimos a necessidade de provocar o belo, mesmo em meio a acontecimentos tristes, como as guerras.
Chega o Natal e continuamos guerreando, destilando ódio com tristes repercussões ao nosso redor. Esse acumulo de ódio, destilado por cada habitante de nosso planeta, vincula-se ao ódio dos governantes formando uma massa trevosa concretizada por meio dos comandos militares.
Dessa forma, o ódio de um habitante faz toda diferença, assim como uma gota d’água faz a diferença em um lago.
Aqueles que se desvincularam desse ódio conseguem não mais ser tocados pela intolerância, pela inveja e pelo rancor que, infelizmente, ainda são tão presentes no mundo. Sabemos que não se molda o caráter de um dia para o outro mas, quando nos afastamos da disseminação do ódio, é como se uma pessoa, aquecida por uma fornalha, dela se afastasse para se refazer.
A chegada do Natal é mais uma oportunidade para que nos afastemos dessa fornalha pavorosa; é o meio coerente de tomarmos fé na mudança de nosso mundo; é a esperança sendo brotada, mais uma vez, em nossas vidas.
No mundo espiritual não existe a palavra mal, mas sim desequilíbrio. Toda vez que alguém deseja o mal de outra pessoa, que chega ao ponto de fazer um pedido pelo sofrimento daquela pessoa, podemos dizer que isso é uma invocação. O desejo chega a tal ponto que provoca o desequilíbrio. Logo após, vem o adoecimento pela constante vivência escura, alimentada pelo lado sombrio. É nesse momento que acontece a queda moral e física.
Certa vez perguntaram a Chico Xavier se ele tinha medo de alguma coisa. Chico respondeu: “eu tenho pavor”. Então perguntaram: “De que? De Morrer?” Ao que ele respondeu: “Não, eu tenho pavor da fera que ainda habita dentro de mim”.
O que vem a ser essa fera, senão o lado sombrio que precisa ser encarado e trabalhado intimamente, e que reside dentro daquele quartinho mais escuro e confuso que existe?
Habitualmente, muitos preferem encarar o dia a dia: muito trabalho do lado de fora, muito apego, muito medo, muita coisa material, como: carro, celular, produtos eletrônicos, computadores, etc.
Habitualmente poucos preferem encarar o dia a dia, incluindo o trabalho interior, que vigia as emoções confusas, os medos desmedidos, a raiva extrema, a volúpia insipiente, etc.
O resultado está na escolha.
O ser humano, em sua busca interior, revoga atitudes inumeráveis, construídas num passado longínquo ou recente.
A criança, quando começa sentir vergonha da birra, dá um passo na evolução da compreensão de que essa atitude tem o mesmo papel da agressão que exige, merecendo ou não, o objeto do desejo.
Assim vivem os que preferem conferir dia a dia as suas emoções, analisando-as e reconhecendo as suas consequências.
Fato é, que poucos pensam em burilar seus pensamentos e suas emoções. Agem diariamente baseados nos instintos, construídos em estágios anteriores, mas que precisam ser trabalhados na Luz da consciência.
Essa Luz transformadora nos foi apresentada pelos grandes Mestres, principalmente por Jesus, quando despertou a humanidade para o Amor, e esse vem a ser o motivo mais nobre de viver.
Elevo meu pensamento a Deus para falar aos irmãos.
Meu Deus! Nesse momento conturbado pelo qual estamos passando aqui na Terra, especialmente na terra do Cruzeiro.
Estamos, Senhor, cheios da vontade de estar com os nossos braços erguidos ao mais alto, para podermos agradecer o Vosso amor que esteve entre nós há mais de dois mil anos.
Estamos aqui, Senhor, com os braços abertos para receber a Vossa misericórdia que, com tão grande amor, nos trouxestes a maior lição de todas, que é a de amar os nossos irmãos.
Nós estamos hoje aqui, Senhor, meio confusos e brigões, estamos aturdidos e perdidos, pois esquecemos da Vossa luz e, ao apartarmos de Ti, esquecemos de nós mesmos e esquecemos do próximo.
Senhor Jesus, misericordioso amigo, estamos aqui com o coração medroso, raivoso, e, muitas vezes, agindo contra o bem, sem percebermos.
Senhor Jesus, amigo dos amigos, estamos precisando de muito amor no nosso planeta, estamos precisando aprender a perdoar, estamos precisando aprender, principalmente, a tolerar o nosso próximo.
Senhor Jesus, estamos em verdadeiras contendas, estamos, a todo instante, desejando o mal do próximo, estamos com raiva e praticando muita coisa ruim em nome de uma religião/politica.
Senhor Jesus, misericordioso amigo, nesse momento eu reconheço o quão preciso me amparar no Vosso infinito amor, na bondade e na alegria.
Senhor Jesus, eu reconheço tudo isso, mas jamais terei paz se não me reconciliar com o meu próximo, com meu irmão que conheço, ou que não tive a oportunidade de conhecer.
Senhor Jesus, peço-vos que abençoe o nosso Brasil, que abençoe o nosso planeta, que abençoe com o Vosso amor infinito a todos os que não se entendem e que falam línguas diferentes; que, na verdade, estão sempre divergindo com o outro, mas, apenas procurando conhecer a si próprio.
Senhor Jesus, pedimos que a Vossa falange de luz possa estar nesse momento abençoando a quem se dispõe a movimentar na direção de seu irmão, seja para abençoar, seja para ajudar, seja para esclarecer. E, aqueles outros que querem somente agredir, Senhor, que a Vossa intercessão amorosa permita que um anjo da paz ilumine os pensamentos deles para o melhor de Vosso amor.
Em nossa ignorância, quase nunca optamos por analisar, viver ou abraçar as boas mensagens como filhas do coração. Pode ser que, no futuro, sintamos pesar pela oportunidade perdida ou pela opção raivosa que, muitas vezes, adotamos ao viver de forma desequilibrada.
É incrível como, ao ler um livro que nos proporciona leveza de alma, que nos traz a certeza do valor do calor humano ou que nos propicia mudanças positivas em nossos pensamentos, não fixamos tais informações em nossa consciência, quase sempre reacionária, implacável e inquisidora. Mas, é assim nossa forma infantil de agir. Quando ainda não possuímos consciência de algo tão importante, nós o deixamos escapar da nossa atenção, pois nosso corpo mental já se encontra repleto de pensamentos estranhos ao verdadeiro propósito da vida, que é o de progredir para o que faz bem para nós e para a sociedade.
Neste exato momento, podemos escolher o que nos faz bem. No entanto, quase nunca encontramos sentido nas mudanças. Admiramos a postura dos mais adiantados, mas não acreditamos que o esforço é para todos e não apenas para os santos do equilíbrio ou para os mais evoluídos. Preferimos, então, continuar como crianças que acreditam no prejuízo e no desequilíbrio universal. Assim, constatamos tudo por nossa ótica ansiosa e imediatista, e seguimos reforçando a nossa maneira de enxergar o mundo de forma reativa a toda oportunidade de crescimento que Deus nos proporciona. Em consequência, sofremos muito com os impactos de nossa escolha.
Usando melhor nossa inteligência, poderemos despertar para a importância deste momento e não mais permitir que tudo o que se passa conosco seja como um sonho inconsciente.
Sarau realizado pela escritora Tatiana Machado, na Pizzaria Laguna, numa noite linda (22/6/19), com a lua sobre a lagoa de Araruama.
Deixo aqui os meus agradecimentos a Tatiana, sendo que em outra oportunidade participaremos com muita alegria de outro sarau, neste local que inspira os românticos.
Veja no link abaixo parte do sarau que filmei. O vídeo é bem amador, como sou amador na arte da escrita poética.
Na segunda parte da exposição aparece a escritora Luciana Rugani e ao lado aparece a anfitriã Tatiana Machado.
Hairon H. de Freitas
Luzes ao céu gritam por atenção;
Relâmpagos atravessam os ares;
Estrondos e sons contínuos;
Quase sem fim.
Gotas caem espaçadas;
Num tremular de batuques;
Envolvem minh’alma;
Agradecida pelo dia.
Tarde solene e encantada;
O sol meio tímido;
O outono é o período;
Gratidão e amor!
Houve um tempo em que eu achava normal inflar-me, irar-me e tornar-me rubro quando alguém me distratava, chamava minha atenção, ou me desprezava. Hoje vejo que sempre estive doente com a moléstia do orgulho. É uma doença grave, de difícil cura, pois contém uma chaga aberta. Na menor das pressões, provoca uma dor estranha, quase infinita.
Como estamos vivendo dentro dos parâmetros que adotamos como “normais” e não conhecemos, ou desacreditamos, das palavras do Mestre Jesus, continuamos enfermos e não nos colocamos disponíveis para uma mudança significativa em nossas vidas, não enxergamos ou não adotamos uma postura amorosa e exemplar, como a de nosso amado Chico Xavier, alma pura e que muito bem representou Jesus na Terra. Imaginemos Chico, quando se encontrou com a alma doente daquela mulher que lhe cuspiu no rosto. Coloquemo-nos em seu lugar: o que faríamos, senão desobedecer aos ensinamentos de Jesus? O que sairia de nosso coração, senão farpas e impropérios, ou até mesmo agressões físicas? Mas, com Chico, tudo foi diferente, pois ele estava curado dessa doença que atingiu toda sociedade terrestre. Doença estranha, que acomete todo o planeta e desabrocha em nós tendências perniciosas e próprias de um plano vibracional doentio que acabamos atraindo.
Hoje somos provocados em nossa mudança interior. Jesus estendeu o convite ao planeta, para a realização de uma mudança significativa, imperiosa para o novo momento da humanidade. Neste momento, precisamos atingir uma vibração mais elevada em nosso espírito. A Terra está deixando paulatinamente o tempo de expiações, mas, para que isso aconteça, o nosso planeta precisará produzir uma vibração mais elevada e constante. Só assim o homem não mais guerreará com outrem, a margem de tolerância se alargará e o estopim será extinto.
Em nosso trabalho de mudança, não nos encontramos sós. Tivemos, ao longo dos milênios, vários professores que trouxeram mensagens de amor e de tolerância, como: Buda, Sócrates, Maomé, Lao Tsé, Confúcio, São Francisco de Assis, Madre Teresa de Calcutá, Chico Xavier, Irmã Dulce e tantos outros que espalharam parte da semente que Jesus nos trouxe, há mais de 2.000 anos.
Estamos crescendo, espiritualmente falando. Já não somos mais crianças desenfreadas em seus desejos e descontroladas em suas emoções, não podemos ser. A hora é de acordarmos para as lições que vêm sendo apresentadas ao mundo em todos estes milênios.
A força que precisamos para a mudança não está somente em nós, mas em todos os mestres que, juntos, seguem vibrando para que nos tornemos adultos e não entremos em brigas e contendas descabidas. O orgulho, que está intrinsicamente amarrado ao medo e ao egoísmo, precisa ser estudado e entendido. Os grandes mestres nos deixaram vacinas valorosas contra ele, assim sendo, precisamos visitar o nosso centro de saúde interior e nos vacinarmos todos os dias com: bons livros, meditações, orações e cultivo de bons pensamentos.
Não temos mais tempo para sermos prolixos, não mais nos cabe. Não precisamos de provas da existência deste ou daquele mestre, nem temos mais tempo de discutirmos o sexo dos anjos. O momento exige determinação, coerência e boa vontade para mudarmos definitivamente a atmosfera de nossa nave planetária, adotando uma nova assinatura, mais amorosa e iluminada chamada Amor.
Que o Mestre Jesus nos ampare com a sua misericórdia, neste momento em que o vírus atingiu drasticamente todo planeta. Mas precisamos fazer a nossa parte, urgentemente, pois Jesus já fez a dele.
Sejamos colaboradores de Jesus, fraternalmente ajudando a todos, sem distinção. São inúmeros os necessitados, nós podemos pelo menos orar por cada um, em seu quadro atual de sofrimento.
Nos dias atuais, mais do que nunca, precisamos colocar em xeque qualquer tipo de informação ou notícia que nos chegue. Nas redes sociais é onde encontramos uma facilidade enorme para replicar conteúdos mentirosos criados com intuito de manipular ou gerar discórdia. É importante que pensemos muito antes de qualquer postagem que incite à violência, quando muitos, mesmo sabendo que uma notícia é mentirosa, assim mesmo postam, abolindo qualquer sentido ético.
O momento que estamos vivendo é extremamente sensível. A maioria dos habitantes do planeta está preocupada e sofrendo, de alguma forma, em decorrência do vírus, seja pelo isolamento social ou pela fome. No entanto, existem outros diversos sofrimentos, como o da ansiedade, que pode levar muitas pessoas a atitudes extremas.
Mais do que em outros dias, faz-se necessário intensificarmos a nossa fraternidade e as nossas boas intenções. Neste momento, não nos cabe mais projetar dardos venenosos para atacar ou denegrir as outras pessoas, sejam elas de qualquer credo, país, cor, raça, partido político ou classe social. É hora de darmos as mãos e procurarmos acalmar nossos ímpetos mais rebeldes, é hora de nos apequenarmos e fugirmos do orgulho, causador de tantas discórdias.
É hora de agirmos com a inteligência, concedendo, a nós mesmos, momentos de paz e de amor que nos elevem a uma melhor condição espiritual e emocional. Neste momento, precisamos nos unir em uma corrente de solidariedade para melhorar as vibrações que se somam nos quatro cantos do mundo, pois as boas vibrações são determinantes para que Deus, em sua infinita misericórdia, permita que a cura possa ser acelerada ou mesmo que o vírus seja reduzido em nosso meio.
Não podemos mais orar a Deus pela cura e, ao mesmo tempo, praguejar que esta nação ou aquela seja derrotada, ou mesmo pedir proteção por nossos familiares e ao mesmo tempo praguejar contra qualquer outra pessoa, seja ela quem for.